"Primeiramente queria deixar claro que não tenho nenhum objetivo de defender religião ou a ciência,seja lá qual seja,apenas escrevi pra levantar alguns tópicos que me levaram a uma reflexão e alguns pontos de vistas que eu abordarei aqui.
Iniciando o assunto, gostaria de refletir sobre a visão da ciência em relação a religião. Por várias vezes pessoas que se dizem ateus e defensores fiéis do pensar próprio, muitas vezes nunca sequer refletiram sobre nada disso e apresentam uma justificativa pronta, exatamente sobre o que os outros ateus dizem, simplesmente porque faz algum sentido para eles. Sabemos que as palavras tem um forte poder sobre as pessoas, justamente se as pessoas conseguirem manusear as informações que mesmo que fosse errada pode-se omitir alguns fatos, que nos levam ao erro. Um exemplo? A física clássica por exemplo, por vários anos as pessoas acreditavam que realmente a física clássica era a resposta definitiva sobre o assunto abordado, mas hoje sabemos que existe a física moderna, ou seja, pessoas acreditavam fiélmente na física clássica simplesmente porque fazia sentido para elas, mesmo sabendo agora que haveria outra explicação para isso. Isso nos leva a crer que fatos podem ser omitidos tornando aquilo a verdade absoluta. Ao meu ponto de vista existe sim uma força maior, algo que não se possa ser explicado, mas não digo que é necessariamente deus. Pode ocorrer é claro de a ciência e a igreja estarem errados, o que impede de alguem pensar por esse lado? Apenas pelo motivo de você ter de escolher qual equipe seguir? Assim como no futebol, tem-se dois times, mas o que impede de desses 22 jogadores, no caso, 11 de cada lado,dividir em 3 e formar 3 equipes? O que impede? Talvez você venha me dizer que isso não da número exato. Claro que não vamos fatiar alguém e fazermos dar divisão exata. Porém,como todos sabem, religião e ciência não precisam necessariamente ter o mesmo número de seguidores. A física como sabemos está em constante mudança, o que é a física moderna de agora pode virar física clássica amanhã.
Em relação a vida, o que nos torna vivo? Deus? química? Mas se realmente nós somos feito apenas de química, o que nos leva a crer que podemos fabricar pessoas, assim como fazemos com biscoitos e coisas do tipo? Será que existem infinitos elementos químicos no universo? Afinal qual seria o significado de infinito se ele não fosse infinito? Teriamos que reformular todos os livros de cálculos,físicas e afins? Só quero deixar claro que assim como a ciência diz que a religião não tem sentido, muitas vezes a ciência não tem sentido. A frase da igreja quando se pergunta coisas inexplicaveis é "Dê tempo ao tempo que deus te mostrará através de coisas divinas", para muitos ateus essa frase não tem sentido algum,mas perguntar a ciência da onde veio a vida? ela dirá "Ainda vamos descobrir,tenha paciência". Para mim essas duas frases são tão sem explicação e no mesmo nível de desconfiança,até porque os dois dão a entender que estão enrolando, isso no pensar racional claro, não estou afirmando que deus não exista, mas tbm nao disse que ele exista.
Afinal de contas a ciência não nos ensinou as questionar as coisas e pensar por si próprio? Por qual motivo isso impede que a ciência seja tão questionada como a igreja? Simplesmente pelo motivo dela estar desmentindo grande parte das coisas da igreja aos poucos? Você pode simplesmente montar um quebra cabeça com milhares de peças sendo que nas primeiras peças você aparentemente acha que faz sentido e só depois que terminar vendo na visão geral, ou seja, panorâmica que uma peça não se encaixou exatamente como você pensava e que por final das contas nada disso pode ser concluído, afinal, o quebra cabeça não foi totalmente montando não é mesmo? Ou seja não podemos tomar decisões precipitadas simplesmente porque fez sentido até agora. Até onde eu sei, conclusões são conclusões no momento em que as coisas estão realmente esclarecidas, até que o contrário seja provado nada disso pode ser levado como verdade absoluta. Mas os que se dizem ateus querem afirmar que seu lado é certo porque até agora a parte deles faz sentido. Para mim até que não se provem por completo a igreja e a ciência tem o mesmo valor de coerencia. Quantas vezes você chegou longe com uma conclusão achou tantos argumentos que no final das contas você viu que estava certo? várias vezes né? Mas isso não impede de você chegar no finalzinho e descobrir que tudo que você pensou estava errado. Está certo que isso quase nunca acontece,mas segundo a própria ciência, no caso,a matemática se existe a probabilidade de acontecer um fator, nada se pode concluir. Se usarmos como exemplo o poker,os jogadores poderiam simplesmente jogar com as duas cartas na mão e pra que serve as outras cartas que irão virar? Justamente porque segundo a probabilidade um jogador que tem apenas 1% de chance de ganhar e outro que tem 20% pode virar drasticamente.
Volto a afirmar, acredito sim que exista uma força maior, que nos faz respirar, andar e que faz nosso corpo funcionar. Afinal de contas, até que a ciência e a igreja provem qual é realmente o segredo da vida eu posso acreditar em qualquer um dos dois, que não faria diferença. A ciência deveria respeitar a igreja e vice-versa. Essa guerra entre religões também são inexplicáveis, pelo mesmos motivos que citei anteriormente. Essa força vital que nos faz viver pode ser uma obra divina? Pode sim, por que não? Isso é coisa de deus? Nunca saberemos. A busca por respostas nos faz evoluir? Claro que sim,salvamos muitas vidas, melhoramos várias coisas na busca da perfeição, mas o que leva a crer que uma coisa tão imperfeita como o ser humano possa criar uma coisa perfeita? Defeitos são infinito. Assim como existem cientistas que querem que os robôs sintam sentimentos, mas afinal de contas, se eles estão sendo programados pra isso,o que nos levaria a crer que aquilo é sentimento? Ao meu ver sentimento é uma combinação de coisas e fatos, coisas naturais, sendo programados ,fugiria completamente do sentido natural da coisa.Nesse momento você me pergunta: "Você acredita que robôs possam pensar por si próprio?" Não, até porque se o robô está sendo programado, ele já não está pensando por si próprio. Dai você questiona: "Mas se criarmos loopings infinitos, fazendo com que ele fique fora de controle e faça de forma aleatória as coisas? estaria "pensando por si" próprio certo?" Pode até ser, mas se chegarmos a conclusão que esse looping é infinito, sem chegar uma hora que terá interferencia humana para sempre,podemos concluir que coisas infinitas existem, o que impediria de o espaço ser infinito e as perguntas infinitas e respostas para tudo serem infinitas?"
Gustavo Yoshio
O mundo mudou, é mudou, e para pior, porque quanto mais desenvolvidos ficamos em tecnologia, mais sub-desenvolvidos em amizade e amor nós ficamos, as pessoas estão cada vez mais manipuláveis, ninguém mais sabe pensar sozinho, não há opinião própria. Os poucos que têm são constantemente censurados. E isso não tem nada haver com o que eu gostaria de escrever hoje."
Cassiano Pustilnik
"Estendendo a discussão para o campo da Filosofia.
Segundo René Descartes, matemático e filósofo do século XVII, toda verdade surge a partir de uma verdade inicial, e é possível chegar a esta verdade por meio da dedução (Priori), que segundo Descartes foi concedida ao homem por Deus. Levando em consideração tais citações, notamos que este conflito entre ciência e religião sempre existiu. Afastar totalmente a ciência da religião passa a nos parecer ridículo então, levando em conta que grandes pensadores nunca tomaram um lado apenas da discussão. Não nos cabe aqui relacionar Igreja e religião, afinal, enquanto muitos pensadores refletiam sobre a existência de Deus e a utilidade da Ciência, a Igreja os perseguia, queimando suas obras, etc.
Voltando à nossa sociedade atual, quantas vezes pensamos sobre o assunto? Quantas vezes apenas engolimos teorias que são apresentadas a nós? Talvez seja realmente hora de uma reflexão aprofundada.
Hoje, é notada uma ampla influência da mídia em tudo, ela é o olho que tudo vê, é a palavra que tudo influencia, muda a nossa decisão, muda a do governo, muda nosso ensino para assim mudar nosso modo de pensar. Também não podemos dizer que tudo nela é dispensável, o impacto de tudo que ela transmite depende apenas da sua forma de receber a informação. Mas não pense que esta discussão não role solta até entre os "informadores", para eles, alienação é realizada por seus "colegas"e não por eles.
A briga é inútil, ouve-se muito pessoas dizendo que a mídia é alienadora, porém, tudo é alienador. É impossível ser estudante sem ser alienado pelos professores, impossível ser político sem ser alienado pela mídia sedenta de conflito, impossível para mídia transmitir informação, sem ter sido alienada pelo recebimento dos dados e o interesse de seus líderes.
Não vou cansar mais vocês, acredito que tenha sido possível analisar a situação. Porém não pense que só hoje é assim, sempre foi assim.
Todo nosso conhecimento cabe a nós gerenciar, cabe a nós interagir com ele. As vezes é necessário abstrair, para só então alcançar um entender mais puro, mais particular. Ser influenciado não é uma opção em um mundo feito de decisões.
Você realmente prefere aceitar do que discutir?
Faça o seu mundo, abstraia! "
André Rosa
- Agradeço pela paciência.
Eu li. Eu gostei.
ResponderExcluirInteressante suas idéias! Bacanas e discutíveis!!
ResponderExcluirParabéns pelo post!
ResponderExcluirÉ necessário abstrair, pensar e analisar ações, métodos e ainda mais os nossos "gostos". Pois em grande parte, não é assim que acontece. Mas é dessa forma que é possível entender o ambiente ao nosso redor, que está a cada dia mais resumido a clichês.
E comentando sobre o assunto de alienação, sempre existiu, concordo. Mas neste momento temos o ápice da informação, onde é possível não apenas aceitar e repassar, mas também analisar o que se está sendo transmitido, entender e sim abstrair, gerando o conhecimento. Neste ponto está a parte positiva de toda essa informação derramada sobre nós. Cabe, sim, a cada um filtrar o quer ver, ler, saber.
Melhor curtir o momento da "longa era" da informação e tecnologia aproveitando os recursos para criar o conhecimento, do que simplesmente estar no mundo para repassar e não contribuir, nem que seja para si mesmo.